FAQ

O Bioeconomy Challenge

O que é o Bioeconomy Challenge?

O Bioeconomy Challenge é uma plataforma de múltiplas partes interessadas com duração de três anos que visa traduzir os 10 Princípios de Alto Nível da Bioeconomia em estratégias concretas e acionáveis para uma bioeconomia global sustentável e inclusiva. Ele é classificado como um Plano de Aceleração de Soluções (PAS).

Quem coordena o Bioeconomy Challenge e quando ele será lançado?

O Bioeconomy Challenge é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Brasil (MMA) e pela Presidência da COP30. A NatureFinance atua como secretariado do Challenge, que será lançado oficialmente na COP30.

Como é a governança do Bioeconomy Challenge?

A estrutura de governança é construída em torno de uma estrutura colaborativa e de múltiplos atores, projetada para garantir a tomada de decisões inclusiva e a coordenação eficaz. Ela é composta por três elementos principais:

  • Um Comitê Diretor Internacional que fornece orientação estratégica, valida os resultados e garante o alinhamento com os processos internacionais (como o G20 e a COP).
  • Uma Secretaria, administrada pela NatureFinance, que facilita a coordenação, a comunicação e o monitoramento do progresso.
  • Quatro Grupos de Trabalho (GTs), que atuam como unidades operacionais centrais, envolvendo diversas partes interessadas para co-desenvolver soluções acionáveis.
Qual é a visão de longo prazo do Bioeconomy Challenge?

Até 2028, o Bioeconomy Challenge prevê o surgimento de uma bioeconomia resiliente e inclusiva que esteja inserida no sistema multilateral, apoiada por estruturas políticas coerentes, resultados de sustentabilidade mensuráveis e mecanismos financeiros robustos. Em última análise, a iniciativa busca transformar princípios em prática, transformando a bioeconomia em um impulsionador de mudanças sistêmicas para as pessoas, a natureza e a prosperidade.

Quais são as principais lacunas que o Bioeconomy Challenge pretende abordar?

Seu objetivo é traduzir os 10 HLPs em ações concretas, abordando quatro lacunas principais:

  1. A ausência de parâmetros internacionais de bioeconomia, métricas comparáveis e indicadores para medir o impacto.
  2. A necessidade de expandir os instrumentos de financiamento e reduzir os riscos.
  3. Mercados incipientes de bioeconomia.
  4. Ferramentas insuficientes para ampliar os impactos positivos para comunidades e territórios.
Quais são os quatro principais grupos de trabalho e quem os lidera?

Cada grupo de trabalho será liderado por dois co-líderes, responsáveis conjuntamente por orientar a direção estratégica, promover a colaboração e atingir os objetivos de forma oportuna e eficaz. Essas funções exigem parceria igualitária, trazendo perspectivas complementares para seus respectivos grupos. Estamos no processo de estabelecer esses co-líderes e, no momento, temos os seguintes parceiros:

  1. Métricas e indicadores: Co-liderado pela FAO.
  2. Mecanismos de financiamento: Co-liderado pelo BID.
  3. Desenvolvimento de mercado e comércio: Co-liderado pela UNCTAD.
  4. Sociobioeconomia e benefícios comunitários: Co-liderado pelo WRI.

A indicação de mais quatro co-líderes ocorrerá após a COP30 para garantir um envolvimento mais amplo e uma representação equilibrada.  

Quais são os principais objetivos de cada grupo de trabalho?
  • O Grupo de Trabalho de Métricas e Indicadores tem como objetivo promover o desenvolvimento de uma Estrutura de Monitoramento da Bioeconomia Global (GBMF) harmonizada, com base em um conjunto de indicadores essenciais. Esse trabalho estabelecerá metodologias transparentes para quantificar a descarbonização, a conservação da biodiversidade e a inclusão, ajudando a evitar o greenwashing. A meta é que a GBMF seja testada e adotada por um grupo crescente de países até 2028.

  • O Grupo de Trabalho de Mecanismos de Financiamento tem como objetivo construir uma arquitetura financeira robusta e inclusiva até o final de 2028, que mobilize capital público e privado para a inovação, o empreendimento e a infraestrutura da bioeconomia. O grupo se concentrará no projeto e na ampliação de mecanismos inovadores, como modelos de financiamento combinados, garantias e títulos verdes, e na promoção de conexões entre instituições financeiras e as métricas do WG1.

  • O Grupo de Trabalho de Desenvolvimento de Mercado e Comércio tem como objetivo expandir os mercados globais e as cadeias de valor para produtos/serviços de bioeconomia sustentável e, ao mesmo tempo, reduzir as barreiras comerciais. Seu mandato inclui a promoção de oportunidades de comércio internacional, o aumento da agregação de valor nas cadeias de produção locais e a exploração da adoção de sistemas de certificação e rotulagem que promovam produtos sustentáveis de base biológica.

  • O Grupo de Trabalho de Sociobioeconomia e Benefícios Comunitários concentra seus esforços na integração da inclusão social, do conhecimento tradicional e da capacitação da comunidade na transição da bioeconomia. Os principais objetivos incluem mapear e traçar o perfil de pelo menos 100 projetos de sociobioeconomia e desenvolver um "Kit de ferramentas de sociobioeconomia" que abranja o compartilhamento de benefícios, a proteção do conhecimento tradicional e os modelos de empresas comunitárias.

Quais são as fases descritas no Roadmap to Acceleration?

O Bioeconomy Challenge implementará um roteiro por meio de uma estrutura internacional de governança multissetorial para promover iniciativas de bioeconomia dentro da agenda multilateral até 2028. Esse processo inclui três fases:

  • Fase 1 - Mobilização e Governança (2025): Concentra-se no início e no engajamento da estrutura, incluindo o G20 GIB da África do Sul e o lançamento oficial na COP30.
  • Fase 2 - Desenvolvimento de estrutura e construção de consenso (2026-2027): Tem como objetivo criar uma estrutura acionável. Os resultados esperados até a COP31 incluem a finalização de 50% da versão preliminar do roteiro global de bioeconomia e a garantia de adesão de pelo menos 100 novas organizações aos Princípios de Alto Nível (HLPs) do G20.
  • Fase 3 - Fornecer soluções práticas (2027-2028): Concentra-se na implementação do roteiro e na tradução das estruturas em soluções concretas e globalmente escaláveis. Os principais marcos incluem a apresentação de um "Roteiro de Bioeconomia Global" consolidado e um relatório de impacto que monitora o primeiro estágio de implementação na COP32.

Como se tornar um membro

Como uma organização pode se inscrever no Bioeconomy Challenge?

As organizações interessadas em contribuir com o Bioeconomy Challenge devem manifestar seu interesse preenchendo o formulário especificado. As inscrições serão analisadas para garantir um forte alinhamento e sinergia entre os possíveis membros.

O que acontece depois que enviamos o formulário "Join the Challenge"?

Após o envio, as inscrições serão analisadas para garantir um forte alinhamento e sinergia entre os possíveis membros.

O que significa participar formalmente do Bioeconomy Challenge?

O critério básico de elegibilidade é que sua organização endosse os 10 Princípios de Alto Nível da Bioeconomia. Se a sua inscrição for aceita, você se juntará à Plataforma de múltiplas partes interessadas criada para traduzir os 10 Princípios de Alto Nível (HLPs) da Bioeconomia em estratégias concretas e acionáveis. Como membro, espera-se que você dedique tempo para participar de reuniões e produzir documentações específicas de forma participativa e colaborativa.

Qual é o nível de especialização dos membros?

Cada organização participante deve indicar representantes com experiência técnica ou política de nível sênior relevante para o tema do Grupo de Trabalho (métricas, financiamento, mercados ou sociobioeconomia). Espera-se que os membros sejam profissionais de nível médio a sênior, capazes de contribuir com informações substanciais, representar e falar em nome da posição de sua instituição, capazes de alinhar as partes interessadas internas para obter decisões oportunas em suas instituições e dedicar tempo às atividades do grupo.

Qual é o compromisso de tempo esperado dos membros?

Espera-se que os membros dediquem aproximadamente 5 a 7 horas por mês para a participação necessária em reuniões, leituras preparatórias e documentação.

O que mais se espera dos membros?
  • Apresentar ou contribuir para resultados concretos alinhados com o plano de trabalho aprovado (por exemplo, recomendações preliminares, notas de políticas, estruturas ou documentos conceituais);
  • Revisar e fornecer feedback sobre rascunhos coletivos e resultados do grupo;
  • Identificar oportunidades de implementaçãocomo parcerias, projetos-piloto ou mobilização de recursos;
  • Acompanhar e relatar o progresso dos marcos acordados e das ações de acompanhamento atribuídas; e
  • Manter participação e engajamento consistentes em todas as reuniões e trabalhos intersessionais.
Quem pode participar? Existem critérios de elegibilidade?

O Bioeconomy Challenge está estruturado como uma plataforma de múltiplas partes interessadas. Ela foi projetada para ser participativa e incluir uma diversidade de regiões geográficas e setores. Os grupos de trabalho buscam uma combinação equilibrada de conhecimentos especializados e experiências institucionais - incluindo governo, instituições financeiras, academia, setor privado e sociedade civil - e diferentes regiões geográficas, de modo que os resultados sejam tecnicamente sólidos e aplicáveis na prática.

Podemos participar de mais de um grupo de trabalho?

Sim! Apenas certifique-se de que o ponto focal de sua organização tenha a experiência e o tempo suficientes para contribuir efetivamente com o trabalho de cada grupo.

Como as prioridades são definidas e as decisões são tomadas nos grupos de trabalho?

A governança do Bioeconomy Challenge é construída em torno de uma estrutura colaborativa e de múltiplos atores, projetada para garantir uma tomada de decisão inclusiva e uma coordenação eficaz.

  • Orientação estratégica: O Comitê Diretor Internacional fornece orientação estratégica, valida os resultados e garante o alinhamento com os principais processos internacionais (como o G20 e a COP).
  • Liderança operacional: Cada grupo de trabalho tem dois co-líderes. Esses co-líderes são conjuntamente responsáveis por orientar a direção estratégica, promover a colaboração e atingir os objetivos de forma oportuna e eficaz.
  • Estrutura: Toda a estrutura tem como objetivo promover a transparência, a colaboração intersetorial e a coerência entre as iniciativas de bioeconomia.
Que resultados ou produtos são esperados dos membros do Grupo de Trabalho?

Espera-se que os membros dos Grupos de Trabalho (WGs) - que atuam como unidades operacionais centrais - co-desenvolvam, testem e comecem a implementar soluções acionáveis. O trabalho cumulativo dos WGs tem como objetivo fornecer a infraestrutura crítica de implementação - o "tecido conjuntivo" de métricas, finanças, mercados e práticas sociais - necessária para alcançar os 10 HLPs e as metas de 2030.

Os resultados específicos esperados relacionados aos objetivos dos GTs incluem:

  • GT de Métricas e Indicadores: Contribuir para o desenvolvimento e a pilotagem de uma Estrutura de Monitoramento da Bioeconomia Global (GBMF) harmonizada com base em indicadores essenciais, que serão publicados anualmente no Painel da Bioeconomia Global (Impact Tracker).
  • GT de Mecanismos de Financiamento: ajudar a projetar, promover e dimensionar mecanismos financeiros inovadores e dimensionáveis (como modelos de financiamento combinado, garantias e títulos verdes) para mobilizar capital.
  • GT de Desenvolvimento de Mercado e Comércio: apoio a avaliações de padrões (obrigatórios e voluntários), desenvolvimento de ferramentas de inteligência de mercado e fornecimento de dados confiáveis relacionados ao comércio de produtos da bioeconomia.
  • GT de Sociobioeconomia e Benefícios Comunitários: assistência no mapeamento e no perfil de pelo menos 100 projetos de sociobioeconomia e desenvolvimento de um kit de ferramentas de sociobioeconomia que abranja compartilhamento de benefícios, proteção de conhecimento tradicional e modelos de empresas comunitárias.

Em última análise, o foco é a implementação de um "Roteiro Global de Bioeconomia" consolidado.